sexta-feira, 20 de julho de 2007

The hollow men

I

We are the hollow men
We are the stuffed men
Leaning together
Headpiece filled with straw. Alas!
Our dried voices, when
We whisper together
Are quiet and meaningless
As wind in dry grass
Or rats' feet over broken glass
In our dry cellar

Shape without form, shade without colour,
Paralysed force, gesture without motion;

Those who have crossed
With direct eyes, to death's other Kingdom
Remember us -- if at all -- not as lost
Violent souls, but only
As the hollow men
The stuffed men.

[…]

IV

The eyes are not here
There are no eyes here
In this valley of dying stars
In this hollow valley
This broken jaw of our lost kingdoms

In this last of meeting places
We grope together
And avoid speech
Gathered on this beach of the tumid river

Sightless, unless
The eyes reappear
As the perpetual star
Multifoliate rose
Of death's twilight kingdom
The hope only
Of empty men.

[…]

This is the way the world ends
This is the way the world ends
This is the way the world ends
Not with a bang but a whimper.


[Os Homens Ocos

I

Nós somos os homens ocos

Os homens empalhados

Uns nos outros amparados

O elmo cheio de nada. Ai de nós!

Nossas vozes dessecadas,

Quando juntos sussuramos,

São quietas em inexpressas

Como o vento na relva seca

Ou pés de ratos sobre cacos

Em nossa adega evaporada

Fôrma sem forma, sobra sem cor,

Força paralisada, gesto sem vigor;

Aqueles que atravessaram

De olhos retos, para o outro reino da morte

Nos recordam — se o fazem — não como violentas

Almas danadas, mas apenas

Como os homens ocos

Os homens empalhados.

[...]

IV

Os olhos não estão aqui

Aqui os olhos não brilham

Neste vale de estrelas tíbias

Neste vale desvalido

Esta mandíbula em ruínas de nossos reinos perdidos

Neste último sítio de encontros

Juntos tateamos

Todos esquivos à fala

Reunidos na praia do túrgido rio

Sem nada ver, a não ser

Que os olhos reapareçam

Como a estrela perpétua

Rosa multifoliada

Do reino em sombras da morte

A única esperança

De homens vazios.

[...]

Assim expira o mundo

Assim expira o mundo

Assim expira o mundo

Não com uma explosão, mas com um gemido.]

T. S. Eliot. “The hollow men”. Em: Obra completa. Vol. I. – Poesia. Tradução de Ivan Junqueira. São Paulo: Arx, 2004. p. 176-183.

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