sexta-feira, 4 de abril de 2008

To "green" or not to "green" ...

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Há um evidente equívoco do pessoal da so called "direita" brasileira onde ando me incluindo após a eleição do Apedeuta. Para eles é tudo um pacote só: se você é contra esta esquerda locupletante safada e sem vergonha que governa ESTEPAIZ (que pretende dar as cartas por aqui ainda durante muito tempo), você, por consequência, também deverá ser católico tradicionalista e empunhar a bandeira de que o aquecimento global é uma grande balela. Pois bem, mais uma vez, vou ser o (a) "joãozinho (ãzinha) da banda": não sou nem católica, quanto mais tradicionalista, muito menos vou jogar no lado do pessoal que acha que o aquecimento global não procede.

É assim que eu sou. Eu não me encaixo e não me moldo prá me encaixar.

Minhas raízes são verdes: cresci e me criei com quintal, jardim, passarinhos e mato à minha volta. Vivi na beira da praia e sempre fui "rata de praia" com orgulho. Não é à toa que fiz feliz o curso superior de Biologia embora não exerça a profissão. Na época em que fiz o curso, Biologia e meio ambiente era "tudo coisa de doido, desocupado, sem serventia", coisa muito perigosa e não moda como hoje é.  Ou seja, para sobreviver e ganhar algum "vil metal" cambei para o lado da TI. Certamente a Biologia não saiu do coração.

É óbvio que muita gente anda pegando carona na defesa do meio ambiente principalmente depois do sucesso do Al Gore. Imaginem se aquele cara de sabonete do Leonardo de Caprio tem alguma preocupação outra a não ser o próprio umbigo ? Nah, não tem.

Tenho uma vantagem : como Brás Cubas, posso dizer que não tenho filhos, logo não deixo a ninguém o legado da minha própria miséria. Por que então a causa verde? Não teria eu tempo mais do que suficiente durante o resto da minha existência para simplesmente aproveitar e explorar o que está ai enquanto for durando?

Não, não tenho. Este é um fato. Os rios em que eu pescava ou tomava banho quando criança estão podres. Há ratos hoje passeando por fossas abertas na beira da praia. As tartarugas estão sumindo das minhas vistas por conta de praias superlotadas... Minha rua transformou-se em um canteiro de obras para espigões e minha casa é uma das duas que sobraram na rua. Ouço (SINTO) um bate-estacas no momento em que escrevo este post. Ele está a uns 30 metros daqui do computador.

Eu tenho essa preocupação com o verde e sabem por quê? Pela razão óbvia que já falei ai em cima. Essa é a vida que eu sei viver.

Há uma classe de pessoas que pode passar dias enfurnado num apartamento e vendo o verde através das telas do computador... pois eu não!

Eu piro o cabeção! Surto com fé!

Eu tenho que sair, andar, olhar... Não suporto dois dias inteiros fechada num apartamento! Tenho que ver passarinhos e suas cacas, roçar os pés na terra, na areia, essas coisas.  Então sim, é um motivo extremamente egoísta que me move a proteger o verde.

É pra mim mesma. Pros meus próximos 40 anos.

Aquele quadrinho lá em cima é o meu ECP score: se você quiser verificar o seu veja em : http://www.earthlab.com 

Esse quadrinho aqui abaixo é um comparativo de scores. Não estou mal...

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5 comentários:

Berná disse...

Fiquei muuuuuuito curiosa.... queria mesmo saber como é que você obteve esse score, Coca! Afinal, o meu deu 375 e, pelas perguntas que tivemos de responder, não vejo como nossos lifestyles possam ser tããããão diferentes assim...

Mas a causa é ÓTIMa, com certeza!!! Vamos abaixar nossos índices!!!

Unknown disse...

aqui é aquecedor solar , eu uso bicicleta, meu carro anda menos que o seu... essas coisas!
=)

DIVA Sen disse...

OH, OH YEAH!!!
Por isso é que eu tenho meu SOLIO japa! (para os curiosos mean readers, visitem www.solio.com)
My socreis 276 and carbon output 9.3 tons. Tô bem, não tô???

DIVA Sen disse...

ERRATA: "score is", obviously...

Unknown disse...

Hehe... já eu

- Não sou católico;
- Não sou tradicionalista
- Mas acho mesmo esse treco de aquecimento global uma palhaçada!

Nada contra o verde! :)