sábado, 9 de fevereiro de 2008

Apoio, mas com restrições.

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Prezadíssimos MReaders,

Recebi ontem, via email, e, não por acaso de um amigo músico, a solicitação de apoio a esta campanha no Brasil.

Diz o manifesto :

A Música é uma prática social, produzida e vivida por pessoas, constituindo instância privilegiada de socialização, onde é possível exercitar as capacidades de ouvir, compreender e respeitar o outro.

É como está escrito ai: RESPEITAR O OUTRO.

Como a campanha parece estar sendo conduzida por entidades que cuidem de MÚSICA - eu não achei nenhuma expressão daqueles "grupelhos pseudo populares de ongs pseudo idem" que se põem a convencer as pobres crianças de que bater lata é música e que funk é aquela coisa horrível e odienta produzida pelos créus financiados pelas redes de tvs abertas -, até agora, sim eu apoio a campanha.

Vi entre os nomes dos apoiadores o ótimo violonista Turíbio Santos. Vi maestros de orquestras... então estou supondo que a música em questão seja... MÚSICA!

Acho que é justo que se dê a conhecer às crianças o que é música, como é feita, um pouco de sua história, de harmonia, enfim...

Se a coisa desandar para apoio popularesco à PORCARIA DE MASSA, que é como eu reputo Axé, Breganejo, Forró Vagabundo e Funk (desses de morro brasileiro), eu tô fora. Preconceito? Sim tenho um TREMENDO PRECONCEITO contra coisa de péssima qualidade. Se há uma coisa que eu aprendi na vida foi a realmente separar PORCARIA de coisa boa.

Vamos tentar dar às crianças brasileiras um pouco de educação. Ou, pelo menos a chance de que seus ouvidos ouçam mais do que simplesmente lixo. Se essa educação musical conseguir colocar 1 hora de música verdadeira para as crianças ouvirem durante a semana eu já me dou por satisfeita!

Vão lá no site, leiam, especulem, reflitam e apoiem se acharem que isso não é mais um daqueles movimentos "para garantir a pluralidade cultural" o que, na minha leitura significa: "entuchar porcaria goela abaixo de todos".

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2 comentários:

Berná disse...

Acho que é uma boa causa,sem dúvida! Claro que feitas as necessárias ressalvas que você faz, Diva W!!! Mas a boa educação musical pode ajudar a criar condições para que desde cedo as crianças aprendam a separar a boa música do lixão reinante...

Flower Nakamura, ME disse...

O jeito é mesmo investir no futuro, porque o presente já está perdido!
Quem sabe o resultado da educação musical não pode ser, em uma década, ambientes públicos menos poluídos em termos sonoros?
Não estou nem discutindo, nesse momento, a qualidade da música (péssima, na maior parte das vezes...). Refiro-me à impossibilidade de circular por espaços coletivos sem ter que lidar com uma zoeira considerável... Talvez, mas do que a água, o bem mais precioso de um amanhã não muito distante de nós seja o silêncio.
O que isso tem a ver com educação musical? Acho que tem tudo a ver. Porque quem não tem gosto e ouve qualquer porcaria sempre muito alto não consegue sequer entender que há momentos para música e há outros para o silêncio. Isso também diz respeito à educação e à cultura. Só gente muito mal educada pode concluir, por exemplo, que todos os freqüentadores das areias de uma praia querem ouvir a m**** que estronda dos muitos alto-falantes de seus carros.
Fico um pouco com a sensação de que hoje, quem ouve funk, axé, breganejo e as outras porcarias elencadas pela Diva Wizard no seu post, são como os alcóolatras, que não vivem sem o álcool, venha ele na embalagem que vier: um uísque escocês ou um vidro de perfume barato...