Ain't that true?

Hoje fiquei pensando que a minha vida anda muito doida. Acabei de me dar conta de que preciso procurar um buraco nos compromissos para fazer três coisas básicas: cortar o cabelo, fazer a visita semestral ao dentista e comprar presentes de Natal.
Com relação ao último item da minha lista, sei que existe a opção de fazer as compras pela internet, o que eliminaria a necessidade de ir até o shopping e enfrentar as lojas nesse período insano. Mas não gosto dessa opção por dois motivos:
1. Acho legal procurar o presente (ou os vários presentes) para uma pessoa específica. Ver as coisas, avaliar se têm a ver com a pessoa para a qual eu pensei em comprá-los... e não dá para fazer isso pela internet. No way!
2. No ano passado tive uma experiência irritante com o Submarino, que me entregou somente 2 produtos em uma ordem de 7. Foram dias e dias telefonando (e gastando em interurbano) para conseguir que o resto do pedido fosse enviado. Muito depois do Natal, é claro! Não pretendo passar voluntariamente por esse tipo de stress novamente. Se as lojas virtuais brasileiras fossem mais confiáveis, talvez até desse para encarar. Como não são, vou tratar de encontrar um dia na minha agenda carregada.
A loucura de tudo isso é que, quando olho à minha volta, tenho a sensação de que existem pessoas para quais problemas como esse não se colocam. Parecem ter todo o tempo do mundo. Será que não trabalham? Ou têm um emprego de 9h às 17h e não sobra nada para casa ou para o fim de semana? Quando crescer, quero ser assim... Certamente elas devem ter uma vida mais tranqüila do que a minha.

A dentista provavelmente vai ficar para o início de 2008. Não consigo conciliar a minha agenda com a dela. E, aí, não há milagre possível, porque os compromissos agendados para a próxima semana são inadiáveis. Como tenho um cuidado meio maníaco com os meus dentes, acho que está tudo bem.

O cabelo, porém, vai ter de ser cortado. Já não está cabendo muito bem na touca de natação e essa é a minha medida definitiva. Chegou ao ponto em que não se ajeita mais sozinho e, quando eu tenho de recorrer ao secador (DE-TES-TO!!!), sei que não vou me suportar muito tempo assim. O jeito, portanto, será arrumar uma tarde para fazer isso antes do dia 20, quando viajo para passar o Natal em casa.

No fim das contas, só me resta concordar com o autor dos cartoons do GAPINVOID: todos nós precisamos ser ligeiramente malucos. É a única saída possível. Estou cansada dessa minha existência responsável que põe o trabalho antes de todas as outras coisas que, vocês hão de concordar, merecem ser prioritárias...

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