Não sei se rio ou se choro...

Estou triste.

Mas, para dizer a verdade, a saída da Ministra Marina Silva do MMA não surpreende nem um pouco. Batalhadora incansável, Marina Osmarina Silva Vaz de Lima é uma mulher de fibra e coragem que nunca usou as muitas adversidades que teve de superar como desculpa para deixar de estudar, de lutar pelas causas em que acredita, o que lhe rendeu o respeito e a grande credibilidade de que goza.

Faltou-lhe, porém, ânimo para continuar ministra de um governo de aparências, de discursos vazios, onde ela se viu, desde o início, falando sozinha, lutando contra forças - essas sim! - maiores do que sua capacidade de enfrentá-las. Foi preterida justamente pelo sealoprado Mangabeira Unger, vejam só, a quem o presidente deu a coordenação do recém-lançado PAS (Plano da Amazônia Sustentável). Tapa na cara da ministra, esse gesto de total desconsideração foi a gota-d'água que levou ao seu pedido de demissão.

Perde o Brasil, mais uma vez. Nossa credibilidade perante a comunidade internacional vai despencar com a saída da Marina. Vejam só o reconhecimento que ela tem lá fora:

"No ano passado, Marina recebeu o maior prêmio das Nações Unidas na área ambiental, o Champions of the Earth (Campeões da Terra). A ministra foi uma das sete personalidades premiadas. Além dela, a ONU premiou o ex-vice presidente dos Estados Unidos Al Gore; o príncipe Hassan Bin Talal, da Jordânia; Jacques Rogge, do Comitê Olímpico Internacional; Cherif Rahmani, da Argélia; Elisea "Bebet" Gillera Gozun, das Filipinas; e Viveka Bohn, da Suécia".

(Ver notícia completa no site do UOL, aqui.)

Pobre Brasil!

Deixo vocês com a excelente charge do Ique (http://jbonline.terra.com.br/charge/), pelo menos lava nossa alma...

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