quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Uma perda...

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Faltava um post meu. Afinal era eu que convivia aqui no dia a dia com a bola de pelos. Talvez por isso tenha me sido tão difícil fazer esse post.

Pois é. Perdemos o Pom Pom.

Um companheiro da casa , meu e, principalmente, da minha mãe, por mais de 15 anos.

Pompom não era um simples cãozinho, sempre teve a inabalável certeza de que gente era e agia como se assim fosse. Chegava a ser engraçado aquela bolota de pêlos de uns 30 cm de altura que tinha decisão própria sobre uma série de coisas. Acho que , se tivesse que encontrar algumas palavras para descrever o bichinho essas seriam: FIDELIDADE, PERSONALIDADE e MAU HUMOR.

Sim , ele era mal humorado, bem mal humorado. Grumpy. Perturbou o Whiskey (um cocker meu) por 12 anos seguidos. Puxava as orelhas do bicho, mordia-lhe as pernas, enfim, era de uma "grumpice" única. Pompom logo, e sem dificuldades, rotulava as pessoas. Não existe essa babaquice de ser politicamente correto no mundo canino. Se não gostasse, não gostava e ponto.

Me lembro quando ele foi roubado e quase miraculosamente recuperado uns 15 dias depois. Quando o encontramos ele já não comia havia dias e ficou transido de felicidade quando nos viu.

Foi ficando velhinho. Perdeu a audição, parte da visão (tomada pela catarata), começou a ter alguns problemas motores e passou a ter uma fobia de subir escadas. Como ele dormia no quarto da minha mãe , de quem era um guardião e seguidor inseparável, havia diariamente o ritual de carregarmos (ela ou eu, quando ela viajava) o cão escada acima e escada abaixo. Acho que esse ritual se prolongou por mais de um ano.

No fim, nada mais havia nele que funcionasse direito: rins, fígado, coração, pulmão, olhos ou ouvidos. Tomava muitos remédios diariamente e o equilíbrio entre os remédios era um problema... Nas últimas semanas de vida passou a cair subitamente até que veio o AVC que o paralisou no lado esquerdo do corpo.

15 anos caninos = 105 anos humanos e muita, absolutamente MUITA relutância em nos deixar!

No fim, havia o olhar. Um olhar de súplica que me cortava o coração.

Os cachorros especiais são assim: mais que humanos.

Eu trocava fácil meia dúzia de gente mediana por um Pompom.

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2 comentários:

Anônimo disse...

Meandivas, eu sei o que é perder uma amiguinho desses de anos e anos! Estou triste com vocês, mesmo não tendo conhecido pessoalmente o Pompom. Mas são coisas da vida e a gente não consegue escapar destas perdas, infelizmente. Pompom deve estar fazendo amizade com o Gigli no céu dos cachorrinhos. Um abraço prá vocês e um especial para a minha querida dona Angélica. LALAU

Anônimo disse...

Eu lembro quando pompom chegou em casa. Foi mais ou menos no mesmo tempo em que conheci a Diva Coca. Sei o quanto o bichinho era querido e o lugar que ocupava.
Cadu